segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Fragmento110 do Livro do Desassossego - Fernando Pessoa (Bernardo Soares)

"Cada qual tem o seu álcool. Tenho álcool bastante em existir. Bêbado de me sentir, vagueio e ando certo. Se são horas, recolho ao escritório como qualquer outro. Se não são horas, vou até o rio fitar o rio, como qualquer outro. Sou igual. E por detrás de isso, céu meu, constelo-me às escondidas e tenho o meu infinito."