domingo, 23 de setembro de 2007

Aforismos escritos em 2003

A minha loucura é bailarina de caixinhas de música.

Quero poder assinar meu nome no atestado da minha perda maior. Tenho minha mão como inimiga mortal.


Dá-me tua mão!Percamo-nos! Percamo-nos pecando no nosso mundo de janelas e olhos quase humanos.

A ironia não é DO destino. É O destino.

Vivo como quem silencia um segredo de além-túmulo.

Carrego no ventre, a filha do mundo: a poesia.

Não é o pecado que corrompe, mas, a idéia de que ele existe.

Quantas vezes me peguei diante do espelho sem enxergar aquilo que eu nem posso dize que era reflexo? Quantas vezes me vi chorando no universo solitário das paixões alheias? Quantas letras tive de exibir para suportar peso, resistir à demanda? Quantas, se eu nem sei contar?

Quem ancora ilusões, morre afogado.